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Intervenções familiares no tratamento da dependência química: como ajudar?


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O consumo abusivo de drogas e álcool geram impactos significativos na vida pessoal, familiar, profissional e no convívio social.

O problema se torna ainda mais desafiador quando a pessoa não reconhece a necessidade de ajuda. Nessas situações, as intervenções familiares no tratamento da dependência química são fundamentais para a adesão às terapias mais indicadas.

A família é uma peça-chave para tornar esse quadro menos agravante e apoiar o dependente no gerenciamento das terapias.

Logo, a presença familiar é de extrema relevância para que as intervenções psicoterapêuticas e sociais proporcionem o efeito esperado.família é uma peça-chave para tornar esse quadro menos agravante e apoiar o dependente no gerenciamento das terapias. 

Quando os familiares demonstram interesse em acompanhar os procedimentos e participam do grupo de família, o dependente químico se sente mais motivado a seguir as orientações médicas e psicológicas. Assim, o envolvimento da família influencia bastante a adesão e a continuidade do tratamento.

Além do mais, a presença da família é considerada como um suporte emocional nos momentos de recaída. Por isso, as intervenções familiares são determinantes para a vigilância e controle do consumo de drogas pelo familiar durante as terapias.

O que é dependência química?

Dependência química é o termo utilizado para designar a ingestão de drogas e o uso excessivo de álcool. A ingestão continua mesmo após o aparecimento de problemas de saúde e na vida pessoal do indivíduo em decorrência do uso dessas substâncias. 

A qualidade de vida do indivíduo dependente decaí consideravelmente já que grande parte da sua vida passa a girar entorno do vício. Ele procura consumir cada vez as substâncias das quais depende, chegando a ter dificuldades financeiras por manter a ingestão. Ele também deixa de cumprir compromissos diários, como o trabalho e o estudo. 

O relacionamento com familiares e amigos sofre uma vez que o indivíduo dependente manifesta sintomas da abstinência e tem condutas inapropriadas. Infelizmente, é muito comum que ele não enxergue ou não aceite o vício. Dessa maneira, as pessoas próximas sofrem tentando ajudá-lo ou observando o seu sofrimento.  

Como é desenvolvida de dependência química?

A dependência química ocorre porque determinadas substâncias acionam o sistema de recompensa localizado no cérebro. Com o passar do tempo, ele busca somente a sensação de prazer provocada pela droga ou o álcool, mesmo que seja efêmera. 

Os dependentes perdem o controle de suas ações à medida que a dependência se consolida. Assim, não conseguem controlar o impulso de consumir determinada substância. 

Há, sim, diversas opções de tratamento para dependência química disponíveis atualmente, sendo que muitas vezes diversas terapias são utilizadas em conjunto para obter os melhores resultados. 

A qualidade de vida do indivíduo dependente decaí consideravelmente já que grande parte da sua vida passa a girar entorno do vício. Ele procura consumir cada vez as substâncias das quais depende, chegando a ter dificuldades financeiras por manter a ingestão. Ele também deixa de cumprir compromissos diários, como o trabalho e o estudo. 

O relacionamento com familiares e amigos sofre uma vez que o indivíduo dependente manifesta sintomas da abstinência e tem condutas inapropriadas. Infelizmente, é muito comum que ele não enxergue ou não aceite o vício. Dessa maneira, as pessoas próximas sofrem tentando ajudá-lo ou observando o seu sofrimento.  

Assim, a única forma de cessar o sofrimento emocional, psicológico e físico tanto para o dependente quanto para os entes queridos é buscando o tratamento para dependência química. 

Sintomas da dependência química

Os sintomas da dependência química incluem:

Ingerir grandes quantidades de drogas ou de bebida alcoólica;

Fazer a ingestão dessas substâncias por um longo período;

Desejar ou tentar sem sucesso reduzir ou controlar o uso de substâncias químicas;

Desejar frequentemente usar drogas ou ingerir álcool, mesmo sabendo de seus efeitos negativos e do período de recuperação;

Ter demais áreas da vida interrompidas ou afetadas por conta do uso dessas substâncias, como trabalho, estudo e relacionamento;

Desistir ou reduzir o engajamento com atividades de lazer devido ao uso de drogas ou álcool;

Ter comportamentos de risco, como dirigir alcoolizado;

Desenvolver tolerância ou necessidade de usar mais drogas ou álcool para obter o mesmo efeito; e

Ter sintomas de abstinência se não estiver usando drogas ou álcool.

Tratamento para dependência química: quais são os principais?

A sua capacidade de tomar decisões é gravemente afetada, levando-os a agir de maneira irresponsável e perigosa para satisfazer as necessidades do sistema de recompensa do cérebro. Além disso, a sua capacidade de lidar com problemas e de planejamento também são prejudicadas. 

Como ocorre o aumento da tolerância à substância ingerida, o indivíduo dependente precisa de dosagens cada vez mais altas para atingir o mesmo efeito. Quando isso não consegue, ele sofre os sintomas da abstinência. 

Por conta disso, muitas pessoas não conseguem deixar seus vícios sem o auxílio de um tratamento para a dependência química. 

Vários fatores além dos biológicos influenciam o desenvolvimento da dependência. Elementos sociais e culturais, por exemplo, determinam quais substâncias são aceitáveis para o consumo, bem como os momentos considerados apropriados para tal. Uma pessoa pode passar a consumir drogas ou álcool em um contexto social permissivo (festa, reunião de amigos, sua residência) e se tornar dependente. 

Dependência química tem cura?

Sim, há cura para a dependência química! 

O processo não costuma ser simples e requer o apoio contínuo de pessoas queridas, além de muita determinação da parte do dependente. Recaídas são esperadas ao longo do tratamento para a dependência química, por isso, eles não devem se sentir desencorajados por retornar aos velhos hábitos.

Cada pessoa desenvolve uma relação com a substância ingerida. Por vezes, o vício representa a satisfação de uma necessidade emocional a qual o dependente foi privado (ou acredita ter sido privado) em algum momento da vida. A compreensão das características desse relacionamento é, portanto, essencial para o sucesso do tratamento.

Além desse conhecimento auxiliar a implementação de estratégias que reduzem o impacto das substâncias químicas no organismo e nas áreas afetadas da vida do dependente, ele evita complicações que acarretem o desenvolvimento de transtornos mentais, como depressão e ansiedade.

Qual o melhor tratamento para dependentes químicos?

A duração do(s) tratamento(s) selecionado(s) pode variar conforme o perfil psicológico do dependente e a gravidade da dependência química. Cada caso deve ser avaliado de acordo com as nuances da vida do paciente. Os principais tipos de tratamento para dependência química são:

Desintoxicação

Esta é a fase inicial de todos os tipos de tratamento voltados para dependentes químicos. Consiste na ingestão de doses cada vez menores da substância causadora da dependência até que o organismo se acostume a viver sem ela. 

Nesta etapa, os sintomas de abstinência tendem a ser frequentes e o comportamento do dependente muda temporariamente. Ele pode ficar mais impaciente e raivoso em razão da falta da substância. 

Por ser um processo desgastante tanto física quanto psicologicamente, o acompanhamento do médico é indispensável. Outras formas de terapia também podem ser usadas paralelamente para reduzir a instabilidade emocional do paciente. A desintoxicação dura cerca de 20 a 45 dias.

Uma característica importante desta fase é o apoio de pessoas queridas para que o paciente tenha forças para finalizar o tratamento. Elas podem sentir que não podem fazer muito pelo dependente. Porém, a sua presença e palavras de apoio são o suficiente para ajudar nesse processo. 

Psicoterapia

O acompanhamento psicológico é importante durante qualquer tipo de tratamento para a dependência química. Além de ajudar a manter a estabilidade emocional do paciente, a psicoterapia proporciona orientações que ajudam o paciente a evitar comportamentos e situações de risco. 

Outro ponto de destaque é que transtornos mentais podem ser identificados ao longo do processo. O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) identificou que cerca de 35 milhões de pessoas ao redor do mundo sofrem com algum tipo de transtorno por conta do uso de drogas, sendo a depressão o mais comum. 

A depressão também pode causar o abuso de drogas e de álcool em vez de ser um resultado. Na tentativa de administrar os sintomas desagradáveis do transtorno, o depressivo busca o prazer nas substâncias químicas. Elas se tornam a sua válvula de escape e, consequentemente, causam a dependência química. 

O conjunto de crises de depressão e o uso de substâncias representa maior propensão à ideação suicida e aos surtos psicóticos. Sendo assim, a atuação do psicólogo no tratamento para dependência química é primordial para torná-lo mais eficiente e correspondente às necessidades emocionais do paciente.

Medicamentos

Medicamentos também podem compor o tratamento para dependentes químicos. Eles são selecionados pela equipe multidisciplinar responsável pelo paciente. Caso a necessidade de uso seja identificada, é feito o monitoramento para que o abuso das medicações seja evitado. 

Neste caso, os medicamentos agem como substitutos das substâncias ingeridas para evitar a abstinência. A prescrição de analgésicos para tratar dores corporais e enxaquecas são igualmente comuns. 

Internação

Em alguns casos, a internação pode ser a melhor opção tanto para o indivíduo dependente quanto para os seus familiares. Ficar longe dos ambientes onde o abuso de substâncias é comum e/ou de pessoas que incentivam o vício é a premissa desse tipo de tratamento. 

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